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domingo, 13 de junho de 2010

ARTIGO

As Relações de Consumo e a prática contábil: uma relação inerente

É inegável que as relações de consumo se alteram nas últimas décadas, o advento da internet aliado ao acesso fácil à compra tornaram o ato de consumir uma prática que não exige muitos esforços, porém as relações contábeis que se estabelecem nesse contexto continuam as mesmas dentro das organizações. Obviamente que os instrumentos para se contabilizar entradas e saídas evoluíram, as pilhas de livros que antes se avolumavam nos escritórios contábeis, hoje se resumem em memórias HD e softwares avançados.
Diante desse exposto e do reconhecimento que a contabilidade é uma ciência econômica e gerencial em que suas práticas estão arraigadas ao crescimento e evolução da sociedade é que se propõe nesse artigo estudar a contabilidade sobre a luz do crescimento econômico, social e comportamental da sociedade.
Do início das práticas contábeis iniciada por Luca Pacioli, até dos dias atuais o mundo e inerentemente a contabilidade sofreram mudanças, uma vez que a essa “relata a essência dos eventos econômicos que captura e mede”, como afirma Carvalho, Martins, Iudícius (2005) ou seja a contabilidade acompanha as evoluções sócio econômicos do mundo atual e não somente a escritura a transforma em informação, Monteiro (1979, pag7) reafirma o exposto ao dizer que “ o mundo da contabilidade é o mundo do homem”.
É a partir desse viés que é possível perceber a relação estreita existente entre a contabilidade e a as relações sociais, principalmente as relações de consumo. Quando se lê a respeito da evolução da contabilidade essa afirmação fica ainda mais proeminente, pois um dos motivos para o surgimento dessa ciência está relacionado ao fato de que os mercadores já não tinham mais como armazenar e processar todas as informações pertinentes ao seu negócio, o que resultou na necessidade de um processo que pudesse contabilizar as informações de forma ordenada e coerente.
“A Contabilidade surgiu como necessidade imperiosa de se criar um conjunto de processos práticos destinados a suprir a memória dos mercadores a partir do momento em que ela se mostrou incapaz de fixar e de reproduzir com absoluta fidelidade, em qualquer momento, as quantidades e valores das mercadorias por eles vendidas a crédito Lopes Amorim, 1968: 9.”
Seguindo o mesmo raciocínio da evolução da contabilidade é que se faz necessário pensar como é importante a prática contábil estar alinhada a evolução do mercado de consequentemente aos novos hábitos de consumo.
Se uma empresa há vinte anos para comprar um maquinário de outro país tinha que ir a esse país para conhecer o equipamento, hoje com apenas uma tela e acesso a internet esse processo ocorre de maneira rápida e sem grandes custos, esse é apenas um dos exemplos possíveis para serem citados, nesse momento em que esse artigo está sendo digitado, milhões de negócios on line estão sendo fechados em uma fração de segundos. E quem irá contabilizar, escriturar todos esses processos?
A mesma ciência contábeis criada por Luca Pacioli é quem vai interpretar esses dados e transformar em informação, porém a forma de contabilizar mudou, os softwares, a maneira de repassar os relatórios aos clientes, a relação com os contadores evoluiu. Hoje grande parte dos escritórios de contabilidade encaminham e-mail, comunicam suas ações via web, o que muda substancialmente a relação entre cliente e contadores.
Além dessa evolução digital é possível dizer também que houve uma agregação de valor à prática contábil, uma vez que se reconhece que essa possibilita as empresas a terem acessos a relatórios para análise de desempenho, para previsões de investimentos, como diz Carvalho, Martins, Iudícius (2005)
“O caráter preditivo da contabilidade alcançou tal relevância que no mundo dos mercados de capitais, é pacífico o entendimento de que as demonstrações contábeis servem, primariamente e fundamentalmente, para auxiliar a prever fluxos futuros de caixas”

Retomando ao que Monteiro (1979, pag7), é fato que a Ciência Contábil é a ciência que sempre andará de mãos dadas com a evolução da humanidade e toda a sua complexidade, permitindo assim que as empresas tradicionais, virtuais e tantas outras que possam vir a surgir acompanhem e monitorem seus processos contábeis.
Carine Maria da Silva

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